sábado, 28 de junho de 2014

#112

abrir mão. mãos.

terça-feira, 17 de junho de 2014

#111

era uma filha-quase-mãe, daquelas que ligavam sempre que ela atrasava 15 minutos. ficava olhando pelas janelinhas da porta a movimentação do elevador até que ele parasse no décimo andar com sua presença. só assim para a ansiedade passar. quando a espera era demais, ligava sempre para o número do celular - que se mantém o mesmo há quase 20 anos - para perguntar onde estava. "tô na perimetral", essa era a resposta padrão dela. na época, perimetral parecia ser algo onipresente: estava em qualquer lugar e qualquer lugar parecia ser a perimetral.

mais de 15 anos se passaram após essa fase, e agora a perimetral, a resposta padrão e o lugar onipresente, se resumo à escombros, poeira e barulho. e o "tô na perimetral" virou memória de infância.

ou melhor: virou memória.

¡adiós!