você é abusivo com alguém?
pois não seja.
domingo, 13 de outubro de 2019
domingo, 18 de agosto de 2019
segunda-feira, 28 de maio de 2018
#129
nunca pensei em dizer isso mas sinto falto dos tempos em que o protagonismo dos dramas que me cercam era meu.
quinta-feira, 3 de novembro de 2016
#128
tragedy is a foreign country. we don't know how to talk to the natives.
- the disappearance of eleanor rigby
- the disappearance of eleanor rigby
sábado, 28 de março de 2015
#127
Entrei no ônibus e me preparei para antisocializar: coloquei
o fone de ouvido que te isola do mundo externo e cochilei. Sentou um cara ao
meu lado, daqueles que abrem as asas e ficam fazendo guerra de cotovelo com
você. Tentei jogar a mochila mais pro lado, fazer movimentos um pouco mais
bruscos, reclamar num grupo do Telegram para ver se ele lia o que eu estava
escrevendo sobre ele, mas foi só com uma cotovelada sutil que consegui reconquistar
meu território.
Depois de um tempo, ele vira e faz uma pergunta. Tiro o fone
de ouvido e ele a repete:
- Você vai pra Niterói?
- Vou.
- Você sabe onde fica o Espaço Cantareira?
- Sei, fica na Cantareira.
- Onde é isso?
- Em frente à praça da Cantareira e à UFF.
- Como chega lá?
- Olha, esse ônibus não te deixa em frente. Mas o ponto mais
perto fica a uns 10 minutos de lá. O caminho mais seguro é você ir por ali e
ali, porque se você for reto, a rua é meio tensa.
Tento explicar bem, porque recomendar pessoas a não passarem
pelo Caminho Niemeyer é quase boa prática da humanidade.
- Quando chegar no ponto mais perto, você avisa?
- Sim.
Coloco o fone de volta e fecho os olhos. Ele continua:
- É que tá rolando uma festa lá. É uma choppada. À fantasia.
Por isso tô assim. Tem até peruca.
- Ah, legal.
Nessa hora comecei a pensar “nossa, que cara chato. Que
vontade de dar informação errada para ele. Mas não. *sorriso interno de bondade*”. Ele prossegue:
- E eu não sei chegar lá. To vindo de Copacabana. Aí é
longe, né? Tem que estar bem animado pra sair de lá pra cá.
- Tem mesmo.
- Desculpa, não vou mais te perturbar.
Fones de volta. Cochilo travando mais uma guerra de cotovelo
com ele, até chegar uma hora que me rendi: me encolhi mais perto da janela para
evitar conflitos. E o pensamento de falar para ele saltar depois do Ingá só
aumentava. Mas não. *sorriso da bondade*. Depois de um tempo, ele volta a perguntar:
- Você tem aqueles carregadores portáteis? Porque minha
bateria tá com 12%.
- Não.
Avisei quando chegamos ao ponto em que ele deveria sair. Ele
agradeceu, dando aquele “carinho” no braço. Apenas desnecessário.
O ônibus anda mais um pouco e percebo que a próxima parada o
deixaria a uns 3 minutos do Espaço Cantareira, bem mais perto. Comecei a rir internamente-não-tão-internamente
do acaso malvado não intencionado. Pensei em karma: isso que dá ser aquela pessoa espaçosa no coletivo, que fica
ocupando o seu quadrado. Ela vai acabar pedindo informação para alguém que não
tem o menor senso de localização.
terça-feira, 24 de fevereiro de 2015
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015
sábado, 31 de janeiro de 2015
domingo, 7 de dezembro de 2014
#123
um dia como esse de cosmos e damião
você pode até dançar com damião
mas quem contrariar a lei do cosmos
não vai pagar
já paga ao contrariar
você pode até dançar com damião
mas quem contrariar a lei do cosmos
não vai pagar
já paga ao contrariar
domingo, 30 de novembro de 2014
quinta-feira, 20 de novembro de 2014
#121
respostas não ditas ao machismo-mascarado-defensor-das-vadias-mas-nem-tanto fazem adoecer. o antídoto é o alívio da não-companhia.
segunda-feira, 10 de novembro de 2014
#120
e no mais, tudo na mais perfeita paz
sendo que eu assumo isso mesmo
quando se diz que já acabou
ainda quero morrer de amor
sendo que eu assumo isso mesmo
quando se diz que já acabou
ainda quero morrer de amor
quinta-feira, 23 de outubro de 2014
sábado, 11 de outubro de 2014
domingo, 10 de agosto de 2014
quinta-feira, 7 de agosto de 2014
sexta-feira, 1 de agosto de 2014
domingo, 27 de julho de 2014
quarta-feira, 16 de julho de 2014
sábado, 28 de junho de 2014
terça-feira, 17 de junho de 2014
#111
mais de 15 anos se passaram após essa fase, e agora a perimetral, a resposta padrão e o lugar onipresente, se resumo à escombros, poeira e barulho. e o "tô na perimetral" virou memória de infância.
ou melhor: virou memória.
¡adiós! |
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terça-feira, 8 de abril de 2014
sábado, 8 de março de 2014
terça-feira, 4 de fevereiro de 2014
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